POSTO TELEGRÁFICO DO MARECHAL RONDON

Estou de mudança novamente e por isso ando ausente da blogosfera... e entre tantas coisas a organizar socorro, alguém me ajudaaaa, resolvi parar tudo e passear hãm? como assim!?

Yes, we can!

Então, dia desses, fizemos um passeio maravilhoso na cidade histórica de Vila Bela da Santíssima Trindade... mas isso será assunto pra outro post.

Hoje quero falar de outro passeio, também histórico, mas feito aqui mesmo, em Pontes e Lacerda: o Posto Telegráfico do Marechal Rondon.

O local foi todo restaurado pela Prefeitura Municipal, mas sua manutenção é precaríssima... notei objetos históricos misturados a itens do cotidiano atual, quadros mal posicionados e documentos mal arquivados.

E, no livro de visitas, aberto em agosto de 2007, mais uma triste constatação. Após assinarmos o livro, fiz questão de contar quantas pessoas passaram pelo Posto Telegráfico do Marechal Rondon: apenas 156!!! Falta uma política pública de incentivo à visitação e conservação dessa parte da história tão importante não apenas para Pontes e Lacerda, mas para todo o Brasil.

De qualquer forma, fiquei feliz pela oportunidade que tivemos de conhecer este lugar histórico.

O posto telegráfico de Pontes e Lacerda foi construído pelo Marechal Rondon por volta de 1906 e serviu para o avanço das linhas telegráficas naquela região e para a implantação em Rondônia e rumo ao Amazonas. Era o trabalho da Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas, comandada pelo Patrono das Comunicações.
Além de valor histórico e cultural nacional, o posto tem uma importância particular para Pontes e Lacerda: foi em torno dele que surgiu o povoado - conhecido à época por Vila dos Pretos, habitada por antigos moradores de Vila Bela da Santíssima Trindade - que, mais de 70 anos depois, viria a ser a sede do município, emancipado em 1979.

Marechal Rondon (1865-1958)
Rondon nasceu na cidade de Mimoso, no Estado do Mato Grosso, no dia 5 de maio de 1865, seu pai era descendente de portugueses, sua mãe era descendente de indios Bororós. Depois que Rondon terminou seus estudos foi ser professor, mais tarde ingressou-se no Regimento de Cavalaria no ano de 1881 e mais tarde matriculou na Escola Militar do Rio de Janeiro. Foi indicado componente da Comissão Construtora das Linhas Telegráficas, explorando sertões do Mato Grosso, no ano de 1892. Rondon passou a cuidar dos direitos dos índios. Sua tese era esta: “Matar nunca, morrer se necessário”. Efetuou uma expedição às margens do Amazonas junto com ex-presidente americano Theodore Roosevelt no ano de 1913. Do ano de 1927 a 1930 foi responsável de inspecionar as fronteiras do Brasil do Oiapoque até a divisa da Argentina com o Uruguai. Foi criador do Serviço Nacional de Proteção aos Índios; foi elegiado em 1913 pelo Congresso das Raças em Londres, ressaltando que a obra de Rondon deveria ser imitada para honra da Civilização Mundial. Recebeu o título de Civilizador do Sertão, no ano de 1939 pelo IBGE, pelo trabalho realizado junto aos índios. Foi considerado grande chefe pelos índios silvícolas, e pelos civilizados Marechal de Paz. No ano de 1956, Rondon recebeu uma grande homenagem, foi dado ao Território do Guaporé o seu nome, que hoje é denominado Estado de Rondônia. Seu falecimento foi no dia 19 de janeiro do ano de 1958; seu nome completo é Cândido Mariano da Silva Rondon.